O universo de pequenas e médias empresas (PMEs) passou a receber cada vez mais alternativas aos bancos tradicionais. A novidade da vez é a fintech Cora, que acaba de receber aprovação do Banco Central para disponibilizar uma conta digital para pessoas jurídicas e de firmar uma parceria de inovação com a Visa para um cartão associado à conta.
“Com a licença, teremos um ganho de escala mais rapidamente ao oferecer uma experiência de conta completa para os empreendedores”, comenta Igor Senra, presidente e cofundador da Cora, que foi ao mercado há seis meses. A fintech disponibilizava até então serviços como emissão de boletos, transferências e pagamentos de contas e impostos.
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A princípio, o cartão terá apenas a função débito, mas o plano do banco digital é liberar a modalidade de crédito nos próximos meses.
O objetivo, diz Senra, é que não seja um cartão convencional: o banco digital aposta na inovação como diferencial no mercado. O cartão funcionará também dentro do app e poderá ter adicionais com diferentes perfis, incluindo a customização de limites de uso e outras restrições. Outro plano é disponibilizar mais de uma data de vencimento no mesmo mês.
“Investimos pesado em tecnologia própria e na experiência do cliente. O produto está sendo constantemente melhorado pelos feedbacks recebidos. Nossos clientes estão nos ajudando a criar a experiência que eles querem em serviços financeiros”, diz o cofundador.
“O cartão não é mais apenas o meio de pagamento. Temos que atender às necessidades e oferecer uma experiência bacana para os clientes”, afirma Eduardo Abreu, vice-presidente de Novos Negócios da Visa.
Capital semente da Kaszek
Senra e Léo Mendes fundaram a Cora em 2019. Em dezembro, com o banco digital ainda em fase beta — para testes em ambiente fechado –. receberam um elevado aporte de 10 milhões de dólares como capital seed (semente) liderado pela Kaszek Ventures e com participação da Ribbit Capital, uma das maiores investidoras em fintechs do mundo.
“O pequeno empreendedor é mal-atendido no país, não tem uma boa experiência como cliente. Nosso objetivo foi criar um banco dedicado a esse público”, comenta Senra, que vivenciou muitas das dores dos pequenos e médios empresários na sua startup anterior.
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Senra e Mendes co-fundaram a Moip, uma das primeiras empresas de pagamento online do Brasil,, em 2007. E tiveram mais de uma década de contato com pequenas e médias empresas. A Moip foi vendida em 2016 para a gigante alemã Wirecard. Senra e Mendes permaneceram mais dois anos, antes de se desligarem para tocar seus novos planos.
Fonte: Exame